**MANIFESTAÇÃO BOLSONARISTA EM SÃO PAULO: FLOP OU FURACÃO?**
Uma nova manifestação bolsonarista na Avenida Paulista, marcada para o último domingo, 29 de junho, revelou-se um verdadeiro fiasco, reunindo apenas entre 10 a 12 mil pessoas, muito aquém das expectativas. O ato, que tinha como objetivo pressionar por anistia aos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro, foi ofuscado por uma performance inesperada de skatistas, que, em um ato de provocação, invadiram o espaço e xingaram o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Enquanto o clima de festa era esperado entre os apoiadores, a realidade foi um mar de descontentamento. O evento, que deveria demonstrar força política, revelou-se um eco de vozes isoladas. O ex-presidente, cercado por figuras controversas como Silas Malafaia e Eduardo Pazuello, não conseguiu esconder a fragilidade de seu apoio popular. Os discursos vazios de “liberdade” e “justiça” não conseguiram mascarar o desânimo que permeava o ar.
A presença de skatistas xingando Bolsonaro e a agressão a um jovem que usava uma camisa vermelha ilustraram a tensão crescente entre os grupos. A polícia, em cena, parecia mais um espectador do que um agente de controle, deixando a violência se desenrolar sem intervenção. O que era para ser uma exibição de poder transformou-se em um espetáculo de fraqueza, evidenciando a divisão interna do bolsonarismo.
Com a contagem de público feita por um grupo da USP, a fragilidade do evento foi exposta. A tentativa de criar um movimento forte e coeso falhou, e o futuro político de Bolsonaro parece cada vez mais incerto. O que se viu foi um microcosmo de um movimento que já não consegue mais mobilizar sua base, deixando claro que o eco das ruas não é mais um grito de apoio, mas um lamento de um passado que se dissipa.