Jerónimo Guerreiro, jovem português natural da zona de Lisboa, morreu esta quinta-feira na região de Kupiansk, no leste da Ucrânia, enquanto combatia integrado na Legião Internacional de Defesa da Ucrânia. Tinha sido paraquedista durante quatro anos no Exército português e era também bombeiro voluntário em corporações como Queluz, Lisboa e Sacavém.
Segundo o secretário de Estado das Comunidades, José Cesário, trata-se ainda de uma informação oficiosa, mas a mãe de Jerónimo já recebeu confirmação vinda do terreno. O corpo do jovem estará numa zona atualmente sob controlo russo, o que complica o processo de repatriamento.
Jerónimo, que atuava como médico de combate certificado, terá estado cerca de um ano envolvido em operações militares na Ucrânia. A sua morte terá ocorrido durante uma missão levada a cabo por uma brigada de assalto na zona de Kupiansk.
As autoridades portuguesas estão em contacto com a embaixada em Kyiv e garantem que farão tudo o que estiver ao seu alcance para apoiar a família e tentar recuperar o corpo. “É uma situação dramática do ponto de vista humano. Sei que a mãe do jovem está a sofrer uma dor imensa, e a única coisa que nos pede é que a ajudemos a recuperar o corpo”, afirmou José Cesário.
O Governo admite que outros portugueses possam estar a combater na Ucrânia, mas recorda que estas são decisões de natureza pessoal, não comunicadas oficialmente ao Estado.
Portugal despede-se de Jerónimo com pesar — um jovem que serviu o país como soldado e como bombeiro, e que escolheu arriscar a vida numa frente de guerra em nome das causas em que acreditava.